Pensão por morte: Entenda como funciona

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A Pensão por Morte é um dos benefícios previdenciários mais significativos e sensíveis, representando não apenas um amparo financeiro, mas também um reconhecimento da importância da proteção social aos dependentes de segurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que vieram a óbito. Este artigo visa explorar de maneira abrangente e esclarecedora os direitos, requisitos e processos envolvidos na concessão deste benefício crucial, fornecendo uma análise profunda para orientar aqueles que buscam compreender e acessar seus direitos previdenciários em momentos de perda e vulnerabilidade.

Em meio ao cenário de adversidades que a morte de um ente querido impõe, a Pensão por Morte se revela como um sustentáculo fundamental, oferecendo suporte financeiro aos familiares enlutados, auxiliando-os a enfrentar os desafios econômicos que surgem com a ausência do provedor principal. Entretanto, para que esse suporte seja efetivamente alcançado, é imprescindível uma compreensão clara e abrangente dos direitos inerentes a esse benefício, bem como dos procedimentos necessários para sua obtenção junto ao órgão previdenciário competente.

Neste contexto, é essencial elucidar não apenas quem são os dependentes elegíveis para receber a Pensão por Morte, mas também os critérios e requisitos que devem ser atendidos para sua concessão, incluindo a comprovação da dependência econômica e do vínculo familiar com o segurado falecido. Além disso, é crucial abordar os processos envolvidos na solicitação e manutenção do benefício, desde o preenchimento do requerimento até a possível realização de perícias e análises documentais pelo INSS.

Entendendo a Pensão por Morte e seus dependentes

A Pensão por Morte é mais do que um simples benefício previdenciário; é um amparo essencial oferecido pelo Estado aos familiares daqueles que contribuíram para o sistema previdenciário e que, lamentavelmente, vieram a óbito. Em sua essência, este benefício representa não apenas uma compensação financeira, mas também um reconhecimento da importância da proteção social aos dependentes deixados pelo segurado falecido.

É vital compreender a natureza e os fundamentos da Pensão por Morte para apreciar sua relevância e funcionamento. Em sua concepção, este benefício visa proporcionar estabilidade econômica aos familiares diretos do segurado falecido, mitigando os impactos financeiros decorrentes de sua ausência. Tal estabilidade é crucial em momentos de luto e readaptação, fornecendo uma rede de segurança que permite aos dependentes lidar com as consequências econômicas da perda de um ente querido.

Um aspecto central na compreensão da Pensão por Morte é a definição de quem são os dependentes elegíveis para recebê-la. Tradicionalmente, eles são divididos em três classes, quais sejam:

I – Dependente de 1° Classe: Cônjuge ou companheiro, bem como filhos menores que 21 anos de idade, exceto se for acometido com invalidez ou deficiência mental, intelectual ou grave;

II – Dependente de 2° Classe: Os pais do falecido;

III – Dependentes de 3° Classe: O irmão do falecido, se for menor que 21 anos de idade, exceto, se acometido com invalidez ou deficiência intelectual, mental ou grave.

Vale destacar que existe uma preferência para fins de obtenção da pensão por morte, ou seja, a prioridade para o recebimento do benefício se dá em decorrência da classe. Dependentes de 2° classe só poderão usufruir do benefício caso não haja dependentes de 1° classe. Outro ponto importante é a necessidade de haver a dependência econômica por parte dos dependentes para aquisição do benefício. Tal dependência, no entanto, se manifesta de duas formas, em caráter presumido para os dependentes de 1° classe e, em caráter comprobatório para os demais dependentes, sendo preciso, para o segundo, a devida comprovação. 

Direitos dos Dependentes

Os direitos dos dependentes na Pensão por Morte são a pedra angular da proteção social oferecida pelo sistema previdenciário. Esses direitos não são apenas uma formalidade legal; são a expressão concreta do compromisso do Estado em amparar e proteger os familiares daqueles que contribuíram para o sistema previdenciário e que, infelizmente, vieram a falecer.

É crucial compreender quais são os dependentes elegíveis para receber a Pensão por Morte e os critérios que regem essa elegibilidade. Cada categoria de dependente possui requisitos específicos de comprovação de dependência econômica e vínculo familiar com o segurado, sendo fundamental estar ciente desses requisitos para garantir o acesso ao benefício.

Nesse sentindo, quanto ao direito, no momento do óbito, o instituidor (falecido) precisaria estar na qualidade de segurado e, de acordo com o quantitativo de contribuições efetivadas o período do recebimento do benefício será alterado. Caso o instituidor possua menos que 18 contribuições, a aquisição do benefício perdurará por apenas 120 dias. Nesse sentido, havendo um número superior a 18 contribuições o benefício contará com uma duração maior.

Diante disso, os filhos e irmãos, salvo exceções referentes a invalidez ou deficiência, terão seu benefício cessado aos 21 anos de idade. Quanto aos pais, a pensão por morte será em caráter permanente desde que comprovada a dependência. Já o cônjuge ou companheiro, desde que tenham adquirido esse estado por período superior a 2 anos, segue uma regra própria de duração, conforme tabela abaixo:

Idade – Data do ÓbitoDuração do Benefício
Menos de 22 anos3 anos
Entre 22 e 27 anos6 anos
Entre 28 e 30 anos10 anos
Entre 31 e 41 anos15 anos
Entre 42 e 44 anos20 anos
A partir de 45 anosVitalícia

Diante do exposto, nota-se a complexidade do direito que rege o tema e, mais do que nunca, é nítida a importância de um advogado previdenciário para proporcionar uma maior segurança nesse momento de vulnerabilidade.

Requisitos para Concessão

A concessão da Pensão por Morte é regida por uma série de requisitos estabelecidos pela legislação previdenciária, que visam garantir a correta aplicação e distribuição desse benefício tão importante para os dependentes do segurado falecido. Compreender esses requisitos é fundamental para assegurar o acesso ao benefício de forma justa e eficiente.

O primeiro requisito fundamental para a concessão da Pensão por Morte é a comprovação do óbito do segurado. Essa comprovação geralmente é feita por meio da apresentação da certidão de óbito, que atesta de maneira oficial o falecimento do segurado e serve como base para o início do processo de concessão do benefício.

Além disso, é necessário demonstrar a existência de dependentes habilitados a receber a Pensão por Morte. Dependendo da categoria de dependente, podem ser exigidos diferentes documentos e formas de comprovação da dependência econômica e do vínculo familiar com o segurado falecido. É importante observar atentamente esses requisitos e fornecer a documentação necessária para evitar possíveis indeferimentos do benefício.

Outro requisito essencial para a concessão da Pensão por Morte é a demonstração da qualidade de segurado do falecido no momento do óbito. Isso significa que o segurado deve estar em dia com suas contribuições previdenciárias ou, em alguns casos, ter cumprido os requisitos para a manutenção da qualidade de segurado mesmo sem contribuições recentes. Essa verificação é realizada pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) durante a análise do processo de concessão da pensão.

Processos para Solicitação e Manutenção do Benefício

Os processos para solicitação e manutenção da Pensão por Morte são etapas essenciais que requerem atenção e diligência por parte dos dependentes do segurado falecido. Compreender esses processos e seguir os procedimentos corretos é crucial para garantir o acesso contínuo e adequado a esse benefício previdenciário vital.

O primeiro passo no processo de solicitação da Pensão por Morte é preencher o requerimento junto ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Esse requerimento é feito exclusivamente a distância através do aplicativo MEU INSS ou do site https://meu.inss.gov.br/#/login, ou através da central de atendimento do INSS – 135. É importante fornecer todas as informações solicitadas de maneira precisa e completa, a fim de evitar possíveis atrasos na análise do pedido.

Uma vez concedida a Pensão por Morte, os dependentes devem estar cientes dos procedimentos necessários para a manutenção do benefício. Isso inclui a atualização periódica de dados cadastrais junto ao INSS, como mudanças de endereço ou estado civil, bem como a realização de eventuais revisões do benefício conforme previsto na legislação previdenciária.

Conclusão: Pensão por morte

Em meio à complexidade dos direitos, requisitos e processos envolvidos na concessão da Pensão por Morte, emerge uma necessidade premente de orientação especializada para os dependentes do segurado falecido. Nesse contexto, a figura do advogado especialista em direito previdenciário se revela não apenas como um recurso valioso, mas como um aliado fundamental na busca pela garantia e proteção dos direitos previdenciários.

A Pensão por Morte representa um dos momentos mais sensíveis e desafiadores na vida dos familiares enlutados, exigindo não apenas conhecimento técnico, mas também sensibilidade e empatia para lidar com as complexidades emocionais e burocráticas envolvidas. Um advogado especializado em direito previdenciário possui o conhecimento jurídico necessário para orientar os dependentes quanto aos seus direitos e obrigações, bem como a experiência prática para lidar com os trâmites administrativos e judiciais relacionados à concessão e manutenção do benefício.

Além disso, um advogado previdenciário pode atuar como um defensor dos interesses dos dependentes junto ao INSS, garantindo que seus direitos sejam respeitados e que o benefício seja concedido de acordo com a legislação vigente. Em casos de negativa ou revisão do benefício, o advogado previdenciário pode representar os dependentes em eventuais recursos administrativos ou judiciais, buscando a revisão da decisão e a garantia do acesso ao benefício de forma justa e adequada.

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Olá! Meu nome é Jandson Pimentel, sou graduado em Direito, apaixonado em Direito Previdenciário. Estou comprometido em auxiliar segurados do INSS, a alcançar seus objetivos de previdenciários. Ficarei feliz em discutir como posso contribuir para a concessão do seu benefício e/ou aposentadoria.

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